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18/10/2019 18/10/2019

Assinado contrato para revitalização de novo trecho da orla do Guaíba

O contrato para revitalização de mais uma área da orla do Guaíba, em Porto Alegre, foi assinado na manhã do dia 14 de Outubro. O chamado trecho 3 compreende 1,6 mil metros entre a foz do Arroio Dilúvio, próximo ao Anfiteatro Pôr do Sol, e o Parque Gigante, do Inter.

O documento foi assinado pelo prefeito Nelson Marchezan e o diretor-presidente do consórcio ACA/RGS,formado por empresas brasileira e portuguesa, vencedor da licitação.

— Com tantas obras paradas na cidade, iniciar outra normalmente é até meio constrangedor. Mas essa temos expectativa de cumprir os prazos, pois foi bem pensada. Vamos tirar a imagem de que obras públicas não acabam — discursou Marchezan.

A partir do dia 15 de Outubro, o canteiro de obras começa a ser montado, com colocação de placas e construção das estruturas para os trabalhadores. Entre 150 e 200 profissionais participarão dos trabalhos, no seu auge, segundo o consórcio. Em até duas semanas as máquinas deverão começar o cercamento do terreno e o serviço de terraplanagem.

Na área, serão construídas 27 quadras esportivas: sete de futebol society e duas infantis — ambas com grama sintética —, 12 quadras de vôlei de praia, três de beach tênis e duas de tênis. Uma pista de skate — a maior da América Latina, segundo a prefeitura —, banheiros, vestiários e uma ciclovia estão no pacote (veja mais abaixo).

Três bares, idênticos aos abertos hoje próximo à Usina do Gasômetro, também farão parte do complexo. Para evitar a falta de sombra vista no trecho 1, serão plantadas 550 árvores no trecho.

Questionado sobre a segurança da Orla, o prefeito afirmou que a área será monitorada "em 100% de sua extensão" por meio de câmeras de segurança. Ao final da apresentação, ele disse ainda que Porto Alegre terá, "se Deus quiser, ainda esse ano, uma surpresa boa", referindo-se à previsão de lançar um novo edital de revitalização da região do Guaíba em direção à Zona Sul.

— Teremos investimentos ainda maiores. Queremos devolver o Guaíba à cidade de Porto Alegre. É um processo iniciado na gestão do ex-prefeito José Fortunati, que teve a coragem de quebrar paradigmas iniciais, de uma visão retrógrada.

Consórcio considera prazo "arriscado", mas possível

O valor apresentado pelos vencedores da licitação — R$ 46,1 milhões é 19,26% menor do que o previsto no edital. O montante foi buscado pelo Executivo junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (cerca de R$ 35 milhões) e o complemento será com orçamento próprio.

O prazo para execução da obra é de 12 meses, considerado "arriscado" pelo diretor-presidente do consórcio, José Manuel dos Reis da Costa Leite:

— Temos tudo planejado e alinhado com as diversas secretarias. Vamos ter que acelerar um pouco, mas depois da terraplanagem, a obra vai se desenvolver dentro do canteiro, com pouca influência do tráfego, o que vai nos ajudar.

Costa Leite ressaltou ainda que os engenheiros são todos de Porto Alegre "e conhecem muito bem todos os problemas inerentes a estas obras na cidade", o que deve ajudar na revitalização.

Um estacionamento para 200 veículos funcionará no local. Ainda não há definição de como funcionária a administração do espaço para os automóveis.

Mudança em ciclovia da Edvaldo

Ainda este ano, a Avenida Edvaldo Pereira Paiva terá mudanças em função do trabalho na Orla. A ciclovia, hoje alocada no sentido dos carros que se dirigem do Centro para a Zona Sul, será transferida para a pista contrária.

— Imagina quando os caminhões circularem pela Edvaldo e tiverem que dobrar na obra? É perigoso e por isso vamos evitar o contato — explica o gerente de Fiscalização de Trânsito da EmpresaPública de Transporte e Circulação (EPTC), Paulo Ramires.

A empresa pública já tem os estudos necessários e a construção da ciclovia, já prevista no contrato, será de responsabilidade do consórcio. A data desta mudança será definida conforme a obra avançar.

Outra modificação deverá ocorrer aos fins de semana, quando a Avenida Edvaldo Pereira Paiva é aberta à população na chamada área de lazer. A medida deve ser restrita à pista contrária, junto à ciclovia, também como medida de segurança.

Inicialmente, não há planejamento de desvios para os automóveis.

 

 

Fonte: GaúchaZH - 14/10/2019

 

 

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